Alta frequência de síndrome metabólica e sua relação com o baixo consumo alimentar de proteínas em mulheres com diagnóstico de diabetes gestacional prévio / High frequency of metabolic syndrome and its relation to low dietary intake of protein in women with previous gestational diabetes

Introdução: Nesta pesquisa, examinou-se a ocorrência de síndrome metabólica, diabetes mellitus e obesidade e as suas relações com o consumo habitual de macro e micronutrientes e grupos de alimentos, em mulheres com antecedentes de diabetes mellitus gestacional (DMG). Método: O estudo envolveu 110 pacientes atendidas no ambulatório de diabetes gestacional de um hospital universitário localizado em uma cidade do Nordeste do Brasil, das quais 49 completaram todas as etapas da investigação. No período pós-parto entre 6 meses e 4 anos, as pacientes recrutadas para uma primeira consulta responderam questionários acerca dos seus antecedentes clínicos, hábitos alimentares e do nível de atividade física e submeteram-se à aferição do peso e altura, realização de exame de bioimpedância e exames laboratoriais, a serem apresentados na segunda consulta. Resultados: A prevalência de síndrome metabólica foi elevada, totalizando 49% das pacientes; a de diabetes mellitus foi de 16%; e de disglicemias de 65%, porcentagens próximas àquelas encontradas em estudos realizados durante cinco anos após a gestação ou por períodos mais longos. Do total das pacientes, 45% estavam com sobrepeso e 28% obesas. Após análise estatística, observou-se relação entre a prevalência de síndrome metabólica e menor ingestão de proteínas (p=0,05), quando os macro e micronutrientes foram ajustados pelo peso. Conclusão: Não houve relação entre o consumo alimentar habitual e a ocorrência de diabetes mellitus e obesidade e a frequência de síndrome metabólica nas pacientes com diagnóstico prévio de DMG foi elevada, sendo sua ocorrência associada à menor ingestão de proteínas.

Anthropometric evaluation in diabetic patients with ischemic stroke

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das causas mais freqüentes de mortalidade e de incapacidade. Os fatores de risco para o AVC incluem idade, gênero, diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial e muitos outros. OBJETIVO: Avaliar obesidade e hipertensão arterial em pacientes diabéticos acometidos por AVC isquêmico (AVC-I) agudo. MÉTODO: Comparar as variáveis antropométricas entre pacientes diabéticos (grupo estudo) e não diabéticos (grupo controle). Avaliamos um total de 60 pacientes divididos em dois grupos: 34 pacientes não diabéticos e 26 pacientes com DM tipo 2. RESULTADOS: A prevalência de obesidade foi muito elevada entre os grupos estudados, assim como a hipertensão, não havendo diferença entre os valores da relação abdome-quadril (RAQ) do grupo estudo comparando com a do grupo controle. CONCLUSÃO: A prevalência de obesidade foi muito elevada entre os grupos estudados e houve predomínio de obesidade do tipo andróide. Não houve diferença significativa na avaliação antropométrica pela medida da RAQ e da cintura entre os grupos.

Ensaio clínico placebo-controlado com isoflavonas da soja para sintomas depressivos em mulheres no climatério / Placebo-controlled clinical trial with soy isoflavones for depressive symptoms in climacteric women

OBJETIVOS: avaliar a eficácia do uso de isoflavonas da soja no tratamento de sintomas depressivos em mulheres com síndrome climatérica. MÉTODOS: estudo experimental placebo-controlado, randomizado e duplo-cego, com 84 pacientes climatéricas atendidas ambulatorialmente no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa (PB). Na avaliação de sintomas depressivos empregou-se o Questionário de Auto-avaliação da Escala de Hamilton para Depressão (QAEH-D) nas visitas pré-tratamento (VT1) e na 8ª (VT2) e na 16ª (VT3) semana pós-tratamento. O grupo experimental (GExp) recebeu extrato de isoflavonas da soja, 120 mg por dia, e o controle (GCont), placebo. A comparação dos escores do QAEH-D entre os grupos em VT1, VT2 e VT3 constituiu a medida primária de eficácia (teste t, p<0,05). Análise secundária incluiu estimativa do "efeito dominó" e avaliação clínica e laboratorial de eventos adversos. RESULTADOS: houve redução significativa dos escores do QAEH-D no GExp (VT20,05). De VT1 para VT3, evidenciou-se diferença estatisticamente significativa de 8,9 por cento na redução dos escores entre os grupos (p=0,03). Não houve correlação da redução dos sintomas depressivos com resposta dos sintomas vasomotores (p>0,05). Houve redução das concentrações de FSH apenas no GExp (p=0,02), sem alterações do estradiol. Não ocorreram eventos adversos clinicamente relevantes. CONCLUSÕES: o efeito do extrato de isoflavonas foi superior ao do placebo, porém de pequena magnitude e apenas após 8 semanas de tratamento. Este pequeno efeito atribuído ao tratamento experimental, de boa tolerabilidade, poderá beneficiar pacientes que têm efeitos colaterais aos estrógenos ou que preferem não usar estes hormônios.

Plasma lipoprotein(a) levels: a comparison between diabetic and non-diabetic patients with acute ischemic stroke

OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de lipoproteína(a) (Lp(a)), colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL), lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL), triglicerídeos, apolipoproteína A (apo A) e B100 ( apo B100), ácido úrico e concentrações plasmáticas de insulina e glicose em pacientes acometidos por acidente vascular cerebral isquêmico. Neste grupo de pacientes, comparamos as variáveis entre diabéticos tipo 2 e pacientes não-diabéticos. MÉTODO: Nós avaliamos um total de 34 pacientes não-diabéticos (22 homens e 12 mulheres, com idade média 66,71±10,83 anos) e um grupo de 26 pacientes diabéticos tipo 2 (15 homens e 11 mulheres, com idade média 66,35±9,92 anos) em um estudo transversal. RESULTADOS: A concentração média de Lp(a) não variou significativamente entre os pacientes diabéticos tipo 2 e os não-diabéticos (29,49±23,09 vs 44,81±44,34 mg/dl). A distribuição dos níveis de Lp(a) foi altamente convergente em direção aos níveis mais altos em ambos os grupos, estando maior que 30mg/dl em 50%. A concentração de Lp(a) foi positivamente correlacionada com a adiposidade abdominal, usando a relação cintura-quadril (RAQ) (P<0,05). Nenhuma associação foi encontrada entre Lp(a) e outros fatores de risco, como sexo, idade, parâmetros lipídicos e a presença de acidente vascular cerebral. CONCLUSÃO: Nossos resultados mostraram que não houve diferenças significativas entre os níveis séricos de Lp(a) de pacientes diabéticos e não-diabéticos, o que indica que os níveis elevados de Lp(a) são especificamente associados com acidente vascular cerebral isquêmico, mas não com diabetes mellitus tipo 2 (DM tipo2).

O efeito dominó dos fogachos: sintomatologia depressiva e insônia no climatério feminino / The domino effect of hot flushes, depressive symtomatology and insomnia in the female climaterium

Com base na hipótese do "efeito dominó", o objetivo do presente trabalho é determinar se existe correlaçäo entre sintomas vasomotores, depressivos e insônia em uma amostra de mulheres perimenopáusicas. Os instrumentos de pesquisa forma o Questionário ded auto-avaliaçäo da Escala de Hamilton para Depressäo (QAEH-D) e o índice Menopausal dee Blatt e Kupperman(IMBK). Os escores globais do QAEH-D se associaram positivamenteaos sintomas vasomotores (P=0,005;r=0,45)e a insônia (P=0,006;r=0,40). As pacientes com sintomas vasomotores tiveram mais insônia inicial (P=0,008) e insônia terminal (P=0,004).Uma associaçäo positiva entre sintomas depressivos, vasomotores e insônia foi concordante com a hipótese do " efeito dominó" . Os sintomas depressivos podem representar um fator complicador na perimenopausa, inclusive até retardando a melhora dos problemas somáticos dessa fase. O estudo da referida relaçäo tem implicaçöes práticas na atençäo primária à mulher climatérica, pois o reconhecimento de alteraçöes do humor pode ser dificultado pela concomitância de sintomas vasomotores.

Fatores de risco cardiovascular em pacientes diabéticos / Cardiovascular rish factors in diabetic patients

O objetivo desta pesquisa foi analisar o perfil de RCV dos pacientes atendidos no ambulatório de Endocrinologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (João Pessoa-PB) a partir de outubro de 2000, através do pacote estatístico para Ciências Sociais (SPSS) e do prontuário eletrônico exclusivo para os pacientes diabéticos (SIAD), desenvolvido pelo Núcleo de Estudos e Tecnologia em Engenharia Biomédica (NETEB) da UFPB. Foram estudados 164 pacientes, 103 do sexo feminino e 61 do sexo masculino, 16,3 por cento do sexo masculino e 55,3 por cento do feminino apresentaram sobrepeso ou obesidade, sendo respectivamente do sexo masculino e feminino, 26,2 por cento e 67 por cento com distribuição andróide; 48,54 por cento das mulheres e 37,7 por cento dos homens são hipertensos (PA maior ou igual 140x90mmHg). Quanto ao perfil lipídicos, 60,8 por cento têm níveis séricos de colesterol maior ou igual 200 mg/dl, 80,9 por cento apresentaram níveis de LDL maior ou igual 100mg/dl, 13 por cento têm níveis de HDL < 35 mg/dl e 28,9 por cento possuem níveis de triglicerídeos > 200mg/dl. A maior parte destes pacientes, 67 por cento apresentaram glicemia de jejum > 160mg/dl

Efeitos da metformina em pacientes obesos diabéticos / Effects of metformin on patients obeses diabetics and non-diabetics

Analisamos os efeitos da dieta hipocalórica e metformina (MTF), 850 mg, via oral, duas vezes ao dia, em dois grupos de pacientes: 1) grupo controle (GND) 17 indivíduos não diabéticos e 2) grupo de estudo (GDM), 15 indivíduos diabéticos. O acompanhamento foi de 90 dias. Tanto a dieta associada a MTF, quando a dieta associada a PLB produziram redução significante (p<0,05) do índice de massa corporal em ambos os grupos. MTF associada à dieta provocou diminuição significante nos níveis de glicose no grupo GDM (p<0,01) e nos níveis de pressão arterial diastólica em ambos os grupos (p<0,05). Os níveis de triglicerideos (TG) diminuíram significativamente, tanto com MTF quanto com PLB em ambos os grupos (p<0,05), porém os demais lipídios não se modificaram. Não encontramos correlação entre diminuição dos níveis de TG e pressão arterial (PA) e diminuição de níveis de glicose e/ou insulina. Portanto, a MTF associada à dieta hipocalórica foi benéfica no sentido de melhorar o controle metabólico e da PA nos pacientes com DMII obesos e obesos não diabéticos, respectivamente

Fidedignidade do teste-reteste na aplicaçäo do índice menopausal de Blatt e Kupperman / Test-retest reliability in application of the Blatt and Kupperman menopausal index

Objetivos: considerando que o conhecimento da confiabilidade de um instrumento é essencial para a correta interpretaçäo dos resultados de uma pesquisa, o objetivo do presente trabalho é avaliar a fidedignidade de um dos índices menopausais mais empregados na prática clínica e de pesquisa na área do climatério feminino, o índice menopausal de Blatt e Kupperman (IMBK). Métodos: a amostra foi constituída por 60 pacientes climatéricas atendidas no Ambulatório de Ginecologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em Joäo Pessoa, PB. O coeficiente de estabilidade foi analisado por meio do método teste-reteste, aplicando-se o IMBK em duas ocasiöes diferentes com intervalo de quatro semanas, sem nenhuma intervençäo medicamentosa. Resultados: a soma dos escores obtidos pela aplicaçäo do IMBK na primeira mensuraçäo variou de 2 a 41 pontos, com mediana de 18 e média de 18,8 (ñ 10,76), ao passo que na segunda mensuraçäo, o índice menopausal médio foi de 20,2 (ñ 10,51), mediana de 19, e os valores mínimo e máximo foram respectivamente de 2 e 39 pontos. No entanto, entre as duas aplicaçöes encontrou-se um coeficiente de correlaçäo de Spearman (rs) de 0,68 (p=0,001), índice considerado de magnitude inferior ao nível considerado satisfatório. Conclusöes: a fidedignidade do teste-reteste na aplicaçäo do IMBK mostra que, embora esse instrumento tenha demonstrado uma relativa estabilidade do ponto de vista estatístico, a magnitude da correlaçäo observada näo denota uma aferiçäo inteiramente confiável. Considerando que um estudo correlacional é apenas um tipo de rastreamento da qualidade de um método de mensuraçäo, concluímos que outras pesquisas deveriam ser realizadas para avaliar näo só a fidedignidade mas também a validade do IMBK. É possível que modificaçöes na atribuçäo dos pesos aos itens do IMBK e a inclusäo de sintomas diretamente relacionados à carência estrogênica, como as manifestaçöes de atrofia vaginal, tornem o instrumento mais confiável.

Avaliaçäo da composiçäo corpórea após histerectomia com conservaçäo dos ovários / Body composition evaluation after hysterectomy with ovarian conservation

Os autores avaliam a composição corpórea e o padrão de distribuição de gordura em uma amostra de pacientes climatéricas histerectomizadas durante o menacme, bem como a correlação destes índices com os níveis séricos de hormônios sexuais. Foram estudadas mulheres no climatério, com idades entre 46 e 60 anos, divididas em dois grupos: grupo I (17 pacientes submetidas a histerectomia com preservação ovariana bilateral) e grupo II (23 mulheres não submetidas à cirurgia). Foram determinados índice de massa corpórea (IMC), circunferências periféricas e análise de impedência bioelétrica (BIA) para avaliação indireta da composição corpórea, bem como dosagem das concentrações séricas de hormônios sexuais. Observaram-se valores de IMC elevados na maioria das mulheres (77,5 por cento), encontrando-se estado nutricional normal em apenas 22,5 por cento. A correlação entre índice cintura-quadril e concentrações séricas de estradiol foi estatisticamente significante (p < 0,05) nos dois grupos. Em relação à variável distribuição regional de gordura, observou-se que no grupo I 82,4 por cento das mulheres apresentaram distribuição centralizada e apenas 17,6 por cento apresentaram o padrão ginecóide, encontrando-se valores semelhantes no grupo II. Massa gorda aumentada por BIA (acima de 30 por cento) foi observada em 75 por cento das pacientes, encontrando-se médias de 34,88 (ñ 5,6) no grupo I e de 32,98 (ñ 4,92) no grupo II. As concentrações séricas de hormônios sexuais foram eqüivalentes nos dois grupos, com exceção dos níveis de testosterona total, maiores no grupo II. A gordura corporal está aumentada nesta amostra de mulheres climatéricas e a distribuição regional se faz mais centralizada, não se observando diferenças entre mulheres histerectomizadas com conservação bilateral dos ovários e mulheres do grupo-controle. Observou-se que o padrão centralizado de gordura apresentou correlação com níveis séricos de estradiol. A informação antropométrica sugere a necessidade de aprofundamento dessa avaliação para fundamentar possíveis programas educativos, voltados ao esclarecimento sobre os riscos da obesidade no climatério

Aspectos epidemiológicos da hipertensão arterial sistêmica em diabéticos / Epidemiological aspects of high blood pressures in diabetics

Os aspectos epidemiológicos relacionados à HAS foram avaliados 160 pacientes diabéticos dos Hospital Universitário Lauro Wanderley, 105 no ambulatório (A) e 55 nas enfermarias (E), ao longo do período de agosto/94 a julho/96 (2 anos). Foram adotados os critérios da Sociedade Americana de Cardiologia (SAC): PA > 140 x 90 mmHg e da Organização Mundial de Saúde (OMS): PA > 160 x 95 mmHg, para o diagnóstico de HAS. Observamos que a prevalência total de HAS no A foi 58,0 por cento segundo SAC e 37,1 por cento segundo a OMS, na E a prevalência total foi 67,3 por cento segundo a SAC e 49 por cento segundo OMS. No A havia 68 mulheres e 37 homens, na E havia 28 mulheres e 27 homens e a idade variou dos 20 aos 79 anos. Segundo os dois critérios a prevalência de HAS foi maior nas mulheres diabéticas. Não foi encontrada diferença significante nas médias das pressões entre os sexos ao nível ambulatorial, porém, nas enfermarias observou-se que a média da pressão sistólica das mulheres foi significativamente maior (P<0,01) que a dos homens, enquanto a média da PD não apresentou diferença significante

Sintomas depressivos em mulheres no climatério / Depressive symptoms, in climateric women

De acordo com a hipótese neuro-hormonal, podem ocorrer distúrbio na atividade neurotransmissora cerebral durante o climatério em virtude de redução nas concentrações circulantes de estrógenos, o que poderia levar a sintomas depressivos. Em contraposição, a hipótese do"efeito dominó" propõe que os sintomas depressivos que ocorrem nesse período são secundários aos sintomas vasomotores, e não estão diretamente ligados à privação de estrógenos. O objetivo do presente trabalho é verificar se existe correlação dos mesmos com níveis plasmáticos de hormônio sexuais, bem como, correlação entre sintomatologia depressiva e vasomotora. Foram realizados anamnese e exame físico, dosagem das concentrações séricas de esteróides sexuais e aplicação de escalas de mensuração de sintomas somáticos e de sintomas depressivos em quarenta e duas pacientes entre 46 e 60 anos. Os resultados demonstraram percentual significativo em termos de frequência de sintomas depressivos, observando-se correlação estatística entre os escores da escala de depressão e a intensidade dos sintomas vasomotores(p<0.5). Não se correlacionaram, entretanto, sintomas. Concluímos que os dados obtidos nessa observação seccional estão em concordância com a "teoria dominó"dos sintomas vasomotores

Metformina: caracterizaçäo bioquímica, mecanismo de açäo, indicaçöes e contra-indicaçöes na síndrome diabética / Metformin: the biochemical pharmacocinetic caracteristics, their action mechanism and their anti-hyperglicemic effect on the X Syndrome

Nesta revisäo, descrevemos as características bioquímicas e farmacocinéticas e discutimos o mecanismo de açäo da metformina, ressaltando seu efeito anti-hiperglicemiante e importância terapêutica na síndrome X, levando-se em conta as peculiaridades fisiopatológicas desta entidade. Comentamos, ainda, o papel coadjuvante no tratamento do paciente com diabetes mellitos em uso de sufoniluréia e/ou insulina, bem como os riscos e contra-indicaçöes ao emprego do fármaco

Diagnóstico laboratorial do diabetes insipidus / Laboratory diagnosis of diabetes insipidus

O diagnóstico laboratorial do diabetes insipidus ainda apresenta certas limitaçöes e praticamente os mesmos critérios utilizados no passado continuam essenciais para se firmar tal diagnóstico. A observaçäo da resposta secretória do ADH a determinados estímulos, quer sejam osmóticos, quer näo, tais como teste de restriçäo hídrica, infusäo de soluçäo salina hipertônica e prova de nicotina, ainda estabelecem as bases para o diagnóstico diferencial do diabetes insipidus central, nefrogênico e polidipsia psicogênica em crianças e adultos. As possibilidades diagnósticas futuras da patologia supramencionada, utilizando a dosagem plasmática do hormônio por bio e radioimunoensaio, ainda mostram precisäo limitada e a dosagem urinária do cAMP necessita de posteriores observaçöes. A dosagem de neurofisina pode também ser apresentada como novo índice de avaliaçäo da atividade neurossecretória hipofisária, ressalvando-se, porém, as dificuldades técnicas

Síndrome da triiodotironina (T3) baixa: etiopatogênese e relevância no diagnóstico diferencial do hipotireoidismo / Law triiodothyronine (T3) syndrome: etiopathogenesis and importance in the differential diagnosis of hypothyroidism

Faz-se uma revisäo das principais causas de diminuiçäo nos níveis séricos de hormônios tireoidianos e indica a importância da avaliaçäo clínica do paciente na interpretaçäo dos exames laboratoriais para estudo da funçäo tireoidiana